“A assembleia é um instrumento real de poder dos trabalhadores para se ter um consenso. Isso inclusive é copiado nos condomínios onde os diretores do Estadão vivem, onde tudo é decidido, não tem como recorrer. Se você quer tomar uma decisão vá à assembleia. Talvez os diretores do Estadão precisem frequentar mais as assembleias nos seus condomínios”, ironizou Juruna.
Na opinião dele, a posição do Estadão é um tiro no pé porque uma regra do capitalismo é ter instrumentos de negociação. Juruna enfatizou que o Estadão precisa voltar às origens. Um dos marcos na história do jornal é a atuação como mediador na greve de 1917. “Como defensor do capitalismo, o jornal sabe muito bem que o sindicalismo nasceu no capitalismo para buscar negociação. Para isso o sindicato tem que ter peso e força o que só acontece se tiver receita, renda e o financiamento tem que vir dos trabalhadores”.
“O Estadão é um jornal a serviço do patrão”, disparou Wagner. Segundo ele, a grande mídia apoia o golpe contra os trabalhadores para facilitar a vida de uma parte do empresariado que quer precarizar e retirar direitos. Enfraquecer os sindicatos faz parte da estratégia.
Trabalhador representado pelo sindicato ganha 5 vezes mais do que está na lei, disse o secretário da CTB. “Não há dúvidas e já foi comprovado que os sindicatos são responsáveis pelo aumento salarial e o aumento dos benefícios de todos os trabalhadores. Se não tivesse o sindicato e fosse cumprir só a lei, seguramente os trabalhadores não teriam os direitos que têm hoje conquistados com a luta do sindicato e das centrais”, enfatizou Wagner.
Fonte:Portal Vermelho, 01 de março de 2018.
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